O Artigo As Raízes Históricas do Liberalismo
Teológico (FIDES REFORMATA X, Nº 1 (2005): 79-99) de José Roberto da Silva
Constanza, trata a respeito desse movimento e aponta o Racionalismo do século
XVII como sua origem.
O artigo foi dividido em três seções,
sendo que na primeira seção o autor discorre sobre o início do Racionalismo no
final do século XVI e início do século XVII, e de outros movimentos como o
Deísmo e o Iluminismo, desencadeados a partir do pensamento Racionalista,
elencando seus principais vultos. São apontados nomes como o de Mathew Tindal e
Hermann Reimarus, cuja obra marca o rompimento definitivo do liberalismo com a
ortodoxia, ao afirmar que o cristianismo se baseia nas alegações fraudulentas
da ressurreição e da segunda vinda de Jesus.
Na segunda seção, Constanza estabelece
uma relação entre o Romantismo e o Modernismo considerando-os uma só fase do
movimento teológico liberal. Destaque aí para Friedrich Schleiermacher,
considerado o pai da teologia moderna, que rejeitou as doutrinas da queda e do
pecado original, bem como do nascimento virginal, ressurreição, ascensão e
segunda vinda de Cristo.
E na terceira e última seção,
encontramos as conclusões do autor, que, mostra que o liberalismo foi um grande
mal para o cristianismo. O primeiro representa a fé na humanidade, enquanto que
o segundo, a fé em Deus.
Recomendo a leitura desse artigo, pois
ele esclarece pontos importantes que de alguma forma resultaram em mudanças
consideráveis na igreja protestante ao longo de quase três séculos. Sua leitura
nos leva a compreender que a partir do movimento Racionalista, o ser humano
passou a distanciar-se ainda mais de Deus enveredando pelas trilhas do seu
próprio pensamento.